A pólvora, também conhecida como Tuia ou Fundanga é um elemento antigo dentro dos rituais de Umbanda e de Macumba. Claramente, hoje é um elemento esquecido, por ser um tanto perigoso de manusear e por não termos verdadeiros dirigentes aptos a praticar a magia antiga.

O nome Tuia vem de Tuyo, que alguns classificam como palavra de origem iorubana com sentido de movimento para fora. Já a palavra Fundanga é de origem banto, mais precisamente do Kimbundo que significa literalmente pólvora.

A pólvora é utilizada em processos mágicos dentro da Umbanda para afastamento, banimento e expulsão de energias negativas e de espíritos maléficos e obsessores. Não vai adiantar muito explodir fundanga na cara de espírito zombeteiro, pois é o mesmo que tentar matar formiga com bala de canhão.

Quando se explode a pólvora geramos um grande movimento da energia astral e de ar, impelindo os espíritos obsessores que estão vampirizando ou conectados a suas vítimas para longe, fazendo com que se rompam esses laços.

O mesmo ocorre para com “energias densas” impregnadas nos ambientes e espíritos muito densos que praticamente não conseguem mais se deslocar.

A composição da pólvora é basicamente: Salitre, Enxofre e Carvão.

O Salitre é utilizado como um oxidante, enquanto carvão e enxofre são os combustíveis. Os três itens unidos geram grande calor e produzem um volume de gás rápido e grande, que é utilizado para empurrar a munição nas armas.

Justamente é o mesmo pensamento que se usa quando se faz algum trabalho com pólvora, queremos por meio da sua explosão e da expansão dos seus gases afastar as energias e espíritos negativos de perto do local da explosão.

Mas agora analisando mais a fundo com a cabeça de macumbeiro, temos um elemento vital aí na prática de macumba e na lide com os espíritos negativos: o Enxofre.

O enxofre há muito é associado aos espíritos negativos, aos diabos e ao inferno. Há uma história popular que diz que se há cheiro de enxofre em um local é porque o diabo está ou esteve por ali.

Alguns exorcistas antigos procuravam “rastros” de enxofre no ambiente para saber se o local estava sendo possuído ou infestado por práticas diabólicas e demoníacas.

Mas sejamos sinceros, faz quanto tempo que você não vê um trabalho bem executado com a pólvora nos terreiros?

Antigamente se colocava a fundanga para queimar em uma trouxinha de papel ou tecido junto a várias ervas em queima, quando ela pegasse fogo e explodisse era feita uma “defumação forte” no ambiente.

Também usamos para traçar sinais e pontos riscados e depois colocamos fogo com a ponta do charuto. Isso ainda hoje é visto nas Reglas de Palo do Caribe, nas Patipembas.

E podemos fazer a “Roda de Fogo” que é colocar uma pessoa no centro de um grande círculo de pólvora e botar fogo para que seja afastado dele e do espaço em que a pessoa está todas as energias e entidades negativos. Nem preciso falar que isso é extremamente perigoso e não recomendamos sua prática, não é?

É bem comum as pessoas desmaiarem assim que passam pela roda de fogo. Assim que a pólvora explode a pessoa desmaia e cai no chão, por isso a distância da pessoa da roda de pólvora deverá ser suficiente para caber seu corpo sem tocar no pó que estará no chão.

Existem diversas formas de se utilizar da Fundanga! Você já viu o seu uso em terreiro? Conte para nós.


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