A era da Internet nos trouxe grandes avanços, o conhecimento antes encerrado em espaços físicos pode ser distribuído com velocidade e qualidade (ou deveria) para os locais mais distantes do globo. Hoje conseguimos acessar textos em diversas línguas, encontrados em diversas bibliotecas do mundo sem muitos problemas.

Também conseguimos ver vídeos de todos os assuntos desde como consertar um pneu furado até mesmo sobre física quântica e demos espaço a uma nova figura, um novo protagonismo a antes anônimas pessoas, o chamado “Influencer Digital”.

Uma pessoa que munido de câmera e microfone consegue passar suas impressões sobre diversos assuntos para um público cada vez mais ávido de informações. Contudo, nem tudo são flores, pois nesse espaço encontramos muita gente ruim, de péssima qualidade e com ética e moral duvidosas, vide os muitos casos de racismos, misoginia, machismo e outras formas de discriminação que grandes canais com muitos inscritos se envolveram.

Claro que o mesmo também iria ocorrer nos canais que são referentes a Espiritualidade, Umbanda, Magia e Práticas Esotéricas. A gente encontra coisa boa (raramente) e muita coisa ruim.

Contudo, a métrica hoje do mercado não é analisar a qualidade, mas sim a quantidade de inscritos que essas pessoas possuem. Desta forma estes “influencers” da macumba acabam tendo um grande impacto na formação da opinião e do pensamento crítico (ou na ausência deste) daqueles que procuram por esse caminhar.

Grande parte disto é culpa do próprio adepto que não quer ter trabalho em demasia, mas pegar coisas prontas. Vejo isso quando sai um vídeo sobre feitiço nesses canais, o mesmo BOMBA! E quando é algo mais teórico, mais “chato” vamos dizer, a coisa nem sempre – mesmo com a força do canal – evolui.

Basicamente, o que devemos fazer como pessoas espiritualizadas ou no caminho do aprendizado é questionar sempre! Questione tudo! Por mais que você goste das figuras que ali estão se expondo ou por mais que o discurso do “influencer” seja confortável para você, questione!

Inclusive, me questione também.

Além disso, não olhe só a superfície do lago, pois um lago esconde grandes perigos, mistérios e tesouros. Faça uma verificação sobre a vida pessoal da pessoa que está tentando te “influenciar”.

Veja seus trabalhos pessoais, seus trabalhos sociais, veja o que ele não quer que você veja, veja como ele trata as pessoas que não concorda com ele, veja como ele trata as pessoas que convivem com ele, veja como ele trata seus funcionários, seus filhos de santo, etc.

Aliás, verifique se a pessoa tem “envergadura” para falar sobre o assunto, não apenas se autoiniciando ou se autopromulgando um grande sábio, mas se isso realmente ocorreu.

Não sou contra o autodidatismo, até porque eu sou um adepto apaixonado de estudo por conta própria, mas procure saber se a pessoa só faz firula ou se ela realmente se detêm em buscar conhecimento (não só reproduzi-lo).

Nós hoje compramos um produto que é o “influencer” sem verificar se a cara de  bom moço acompanha as mesmas atitudes.

Hoje nós compramos a guerra, a propagação do discurso de ódio de algumas lideranças, mas sem olhar se em casa ele trata bem a esposa e os filhos.

Hoje queremos ver uma fachada bonita, mas não nos detemos em verificar se a pessoa tem capacidade para transmitir aquele conhecimento ou se ele só vai pegar junto aos amigos mais sábios no WhatsApp e depois reproduz como se fosse seu conteúdo.

Verifique a idoneidade das pessoas!

Garanto que ao fazer isso, muito cairá por terra e será até melhor.

Ao invés de ficar consumindo de tudo, você irá consumir exatamente o que lhe trará crescimento pessoal e deixará de dar dinheiro para essas pessoas que não condizem com o discurso que pregam.

Temos que ter discernimento e acima de tudo temos que ter vontade de ralar o joelho na lida diária. Vamos cair? Sim, mas aí levantamos, sacudimos a poeira e damos a volta por cima, como diz a música popular.

Saravá!

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