É uma época do ano de grande festividade, muita gente feliz, pulando, exercendo sua liberdade, mas também uma época em que nossos demônios interiores se manifestam, levando as pessoas a se exaltarem, embriagarem, se intoxicarem com diversos tipos de substâncias, sem contar na lascividade.

Veja, o carnaval em si, não tem por que ser uma festa de problematizações, mas sabemos que há sempre intercorrências nessa época do ano, isso porque o ser humano se entrega ao frenesi. Justamente esse é o motivo desta festa, sair do normal, do mundano para se entregar aos pensamentos bacantes, da luxúria e da embriagues, para dar uma folga a nosso animal interior, entretanto as coisas devem voltar ao normal uma hora ou outra.

O carnaval, chamado de Festa da Cara Suja, pois as pessoas se pintavam para saírem nos blocos e nas festividades. Apesar de ser muito combatido pelo povo “religioso” o carnaval é meio que tido como um evento da liturgia católica (pois é), onde seu final marca o começo da Quaresma Cristã! (CRISTÃ!!!!).

Apesar das pessoas dizerem que Carnaval significa a festa da carne, provavelmente esse é um termo que vem de uma origem um pouco diferente, representando o “adeus a carne” em alusão ao período de quaresma, onde as pessoas praticam um jejum ovolactovegetariano. Pois é, não é só na Sexta-Feira Santa que não pode comer carne meu povo! São durante os 40 dias da quaresma. (apesar que nem sempre são 40, pois começa na Quarta-Feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos, uma semana antes da Páscoa).

O Carnaval se inspira na Saturnália, nas Lupercálias e nos antigos bacanais – festas ao deus Baco ou Dionísio.

E a Macumba com isso? A Macumba não tem nada a ver com isso, mas em épocas passadas de perseguição, nessa época, não se tocavam atabaques para não atrair a atenção das autoridades para as práticas de macumba. Então era comum cobrir o congá com um tecido roxo ou branco, cobrir os atabaques e ter menos atividade litúrgica. Algumas casas fechavam completamente e outras só silenciavam os atabaques, dando consultas com as entidades sem o uso de música.

Para gente tem impacto negativo? Nem sempre, a não ser da geração da psicosfera energética que há nesse momento, onde todo o país tá focado nas questões das matérias e da lascividade e embriagues. O entorpecimento ocorre e isso pode causar problemas para quem é mais sensível espiritualmente. Há quem diga que os espíritos negativos estão soltos nessa época, na verdade eles estão soltos o tempo todo, entretanto nessa época, nós pelas nossas atitudes e pensamentos, sejam o de luxúria ou seja o de medo, nos aproximamos da vibração deles, ficando fácil para que eles nos atinjam. Entretanto a culpa é nossa né? A gente que se sintoniza com essas energias mais baixas. Mas quem é macumbeiro de verdade sabe aproveitar isso e sabe se limpar, se proteger e evitar problemas.

Contudo, como alertado, pessoas muito sensíveis devem evitar multidões e atividades que podem promover um desvirtuamento espiritual dela, principalmente no contágio energético. Quem é macumbeiro, deve saber dizer não para algumas coisas, faz parte do caminho. Falei bastante sobre isso no Papo na Encruza 177 – O Caminho do Sacerdócio.

Então, curta sua festa da cara suja, mas saiba se limpar posteriormente.


 

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