Nossa sociedade é um misto de arrogância e cinismo, isso é evidente. Procuramos tanto trabalhos que nos tragam grande volume de dinheiro, mas em troca perdemos a qualidade de vida, a capacidade de sentir a vida e de aproveitá-la.

Muitos de nós passam a vida toda em uma inércia hipnótica, quase uma catatonia. Quando despertamos estamos com idade avançada, problemas de saúde e pouco tempo para recuperar o que poderíamos.

Recorremos a médicos, terapeutas e toda sorte de tratamentos, mas algo sempre fica de lado: A Espiritualidade.

A Espiritualidade é sempre vista como algo secundário, não necessário e deixado a momentos de folga, descanso ou supérfluos. Não conseguimos colocar a espiritualidade e sua vivência como algo necessário e até mesmo VITAL para nossa sanidade.

Desde eras primitivas o ser humano (e seres que antes dele vieram) promovem o contato com o plano espiritual por meio de rituais, de religiões e de feitiços. Mas o homem moderno, arrogante em sua sabedoria, acredita que sabe todas as respostas e deixa para lá o lado espiritual.

Diagnóstico do momento atual: Várias pessoas com dificuldades das mais diversas, seja na família, no amor, no amor-próprio, na vontade de viver, no trabalho, na prosperidade, na saúde e principalmente na própria espiritualidade.

Justamente, o remédio para tal mal é voltar-se a espiritualidade, mas poucos tem tempo, devido as atribulações e afins e acabam novamente ignorante essa parte essencial de suas vidas.

O que é possível fazer então? Contar com um sacerdote, feiticeiro, pai de santo, mãe de santo ou outro nome que você queira dar. Saber que existe uma pessoa para cuidar das suas questões espirituais, te auxiliar com feitiços e rituais de limpeza, proteção, harmonia e principalmente de saúde.

A vida espiritual do ser humano se dá em um padrão de trocas, temos entidades que nos assistem, mas elas precisam de elementos para fazer o melhor para nós. Deixe de lado esse pensamento ingênuo de que apenas uma oração irá mudar completamente sua vida. A Oração pode manter o padrão vibratório, sustentar por um período maior, afinal: Oração é evocação mágica. Contudo, existem momentos em que devemos dar de comer a nossas entidades, nossos protetores, santos, orixás ou o nome que você quiser dar.

Dentro da Umbanda praticamos anualmente a alimentação de Exu, a homenagem a alguns Orixás, mas isso em campo coletivo. Cada pessoa, sendo médium ou não, pode (e até deve) pagar os alimentos de seus protetores anualmente. O mais costumeiro é agradar Exu e Pombagira e também seus Orixás de Cabeça, a isso chamamos de Mesa de Orixás (um nome que pode ter outros significados, dependendo da crença).

Também existem pagas (agrados) pontuais para outras entidades como caboclos e pretos-velhos e tudo isso pode ser feito separadamente ou em conjunto em uma grande mesa. A única exceção é Exu.

Se você for agradar qualquer entidade, também deve agradar Exu e Pombagira. Então, se você tem seus pais de cabeça como Ogum e Iemanjá e fará sua mesa, deverá também agradar Exu e Pombagira. Se você quer agradar seu caboclo, deverá agradar Exu e Pombagira, etc.

O que geralmente se faz é juntar tudo em uma só entrega grande em uma determinada época do ano, sendo um agrado geral para Exu e Pombagira e os agrados dos Orixás, Caboclos e Pretos-Velhos. Raramente se oferendam as outras linhas como baianos, boiadeiros, crianças e afins.

Mas como fazer isso? Você mesmo com a ajuda de um dirigente espiritual pode fazê-lo em local próprio, ou seja, um terreiro, nas zonas de poder naturais e até mesmo em santuários para isso determinados. Mas algumas vezes não é possível o indivíduo fazer ou a pessoa mora em outro país, como faz?

Aí entra a figura do dirigente espiritual, que fará todas as suas entregas por você, além de preparar todas as oferendas anteriormente. Para isso, claramente existe a paga da casa e da mão do dirigente.

MAS POR QUE EXISTE ESSA PAGA?

Muitas pessoas perguntam se elas não podem comprar os elementos. Claramente isso é possível, conforme lista passada pelo dirigente espiritual. Você deve entregar tudo ao dirigente para que ele prepare ou você mesmo preparar, mas de qualquer forma na hora de arriar¹ esses itens, será necessário que o dirigente ative o axé da oferenda.

Algo que aprendi com a vivência espiritual é que o Axé (Moyo²) é muito precioso para se desperdiçar! Não há dinheiro que pague isso.

Então, o tempo do dirigente, seu expertise, o domínio que ele possui dessa técnica, os custos da estrutura física de um terreiro, tudo isso deve ser levado em consideração.

Mas quanto é um valor adequado para isso? Novamente eu digo: Axé não tem preço e qualquer valor por ele cobrado é ínfimo perto da sua importância.

Você pode ter o dinheiro que for, mas se não tiver Moyo, de nada adianta. Que adianta ter todo dinheiro do mundo e estar triste, em conflito, perturbado, sem vontade de viver, sem gosto pela vida, doente, etc? Muito disso é pela falta de conexão com essas energias espirituais.

NÃO SOU DE TERREIRO, POSSO FAZER MESMO ASSIM?

Pode sim, você deve consultar um dirigente para que ele te explique todos os caminhos e saiba o que será pedido. A maioria que não pertence a um terreiro acaba não sabendo seus orixás, então ou se faz uma entrega para Oxalá e Iemanjá ou se consulta por meio dos oráculos ou consulta com entidades quais os Orixás que querem receber as oferendas.

MAS NÃO SÓ ISSO, VOCÊ PODE TER OUTROS SERVIÇOS DE FEITIÇARIA.

Mas você também não precisa só fazer as oferendas, talvez você tenha um problema pontual e deseja resolvê-lo ou até mesmo ter uma ajuda (extra) nessa questão. Você pode fazer uso da magia.

Claro que em nosso portal de cursos – www.perdidoead.com – ensinamos muitas magias para diversas áreas da vida, contudo algumas pessoas se sentem mais seguras quando contratam feiticeiros mais experientes.

Em caso de problema ou de necessidade, eu recomendo que você contrate realmente o serviço de um dirigente espiritual ou de um feiticeiro versado e experiente. Você irá perceber que as coisas serão bem mais interessantes para o seu lado.

A magia existe para nos ajudar e ela não deve ser deixada de lado, mas tida como mais uma ferramenta no enfrentamento a uma necessidade ou problema.

Eu apenas recomendo que antes de qualquer tentativa de feitiço, você consulte um oráculo para saber se há “linha de ativação” para aquela magia. Mas um feiticeiro experiente sempre irá fazer o uso do oráculo antes.

O oráculo que nos direciona no trabalho mágico, seja ele búzios, cartas ou a conversa com os mortos, afinal o oráculo do umbandista é o guia-espiritual.

CONCLUSÃO

Para quem compreende que o plano astral, espiritual, energético e o material são uma só coisa divididos por frequências distintas, isso é muito compreensível. Para o ser materialista que nada entende, esses acabam criticando constantemente. Só irá se ligar no que deixou de fazer quando for tarde demais e sua energia vital estiver em declínio.

Em alguns casos é possível reverter, mas geralmente o trabalho é maior e por consequência o custo. Mas em muitos casos acaba sendo tarde demais, então não deixe sua espiritualidade em segundo plano e entenda que mais que orar, as práticas de macumba existem com o propósito de ter ajudar, mas precisam ser ajudadas também, afinal Macumba é FEITIÇARIA!


¹ Arriar é a entrega em si da oferenda

² O termo que uso em minha tradição é Moyo, força vital para os povos bantos. Aqui usamos Axé nos textos pois é de domínio geral.


Mais informações sobre serviços e jogos oraculares, veja em www.oraculodeexu.com.br

 

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