O advento do Espiritismo e de tantas formas de cultos espiritualistas – incluindo a Umbanda e o Ocultismo – tem como proposta principal descortinar os segredos que estavam por detrás do Véu de Ísis. Logo, as pessoas que seguem essas filosofias ou doutrinas, deveriam ser mais abertas as considerações lógicas e ao uso do discernimento como forma racional de compreender algum tema.

Porém, um fenômeno que conhecemos é comportamento de manada, que pode ser visto de uma forma mais comum nas torcidas dos times de futebol. As pessoas tomam atitudes que geralmente de forma isolada não tomariam. Parece que sua moral lhes é anestesiada temporariamente e acabam por cometer atos que irão se arrepender depois, mas que no momento estão certas e cheias de coragem. É o famoso “Siga o Líder”.

Mas vamos combinar que isso não pode ter lugar dentro de uma doutrina que exclama a liberdade e a evolução. O aprimoramento intelectual e também da moral, são muitas vezes deixados de lado, por uma questão prática, para se sentir parte de um grupo. Geralmente a Casa Espírita ou a “panelinha” que se forma com alguns.

Nesses momentos podemos perceber que os próprio adeptos vão contra tudo aquilo que a doutrina prega. Acabam por se demonstrar intolerantes, impiedosos e algumas vezes cruéis. Excluem sem qualquer receio qualquer um que não se portar como um dos membros do grupo – ou o líder – deseja e respeita.

Triste pensar assim não? Onde está então a reforma íntima?

Eu combato dentro de mim todos os dias esse tipo de comportamento e garanto que não é fácil! Mas é necessário e urgente. Precisamos mesmo raciocinar e levar a lógica em consideração quando estamos envolvidos em questões de profundidade filosófica. Não há como dizer uma coisa e viver outra. Precisamos manter a coesão e a coerência.

Mas muitos por medo – inclusive eu mesmo – de magoar ou de se sentir afastado do grupo, comete ou cometeu alguns desses desatinos. Para depois perceber que se deixou levar.

Esse texto não precisa ser muito longo, pois a ideia que queria passar está clara. Precisamos exercitar nossa espiritualidade e fazer a tal falada reforma íntima. Não deixemos para amanhã algo que já nos acompanha a centenas de anos. Erga as mangas e trabalhe por você!

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