O Medo é uma emoção das mais fortes e primitivas que o ser humano pode sentir, de certa forma foi o que nos manteve vivos durante a evolução desde eras ancestrais. Mas quando em exagero, o medo acaba por nos travar, impossibilitando qualquer atitude criativa ou ação para sair da inércia em que ele nos põe. Quem sentiu medo sabe que os únicos pensamentos que ocorrem são: CORRER ou PARALISAR!
Quando esse medo se torna patológico, encontramos os casos das diversas síndromes que ocorrem na sociedade moderna com tanta frequência. A famosa síndrome do pânico e o medo irracional da vida. Em alguns casos acompanhados da depressão e em outros apenas da apatia e irracionalidade de não conseguir sair do mesmo lugar. O irracional não é pejorativo, pois somos seres de bem, mas com muito “background” inconsciente.
Mas teria esse medo um fundo espiritual? Seriam um motivador as vidas passadas? Claro, se analisarmos o ser humano de forma holística (como um todo) veremos que somos muito mais que só as experiências desta vida. Trazemos na bagagem todos os erros e acertos de vidas pretéritas, que apesar do esquecimento momentâneo, ainda estão em algum local no escaninho da mente. A memória física pode não acessar o conteúdo de outras vidas, mas o nosso inconsciente ou memória astral têm contato direto com essas memórias. Em nossos registros Akáshicos estão gravados todos nossos atos, bons ou ruins. A questão que muitos podem fazer agora é: “Mas se eu tenho todas as coisas boas e ruins, por que só as ruins que acabam exercendo algum fator preponderante em minha vida e me deixando desta forma desequilibrado?”. Ora, pois a gente é pessimista por excelência e sempre pensa no pior. Fora o fato que um acerto já está garantido, porém o erro, esse ainda nos assombra pelo medo de voltar a cometê-lo ou de não poder corrigi-lo.
A filosofia ayurvédica (conhecimento médico ancestral indiano) diz que o ser é formado por três conjuntos principais de corpos: Mental, Emocional e Material. Nessa filosofia e ciência todos os males são primariamente causados no corpo mental e quando este está totalmente em desequilíbrio acaba refletindo no corpo emocional e então no material. Então o processo de cura também se dá em outras ordens que não só a material, precisamos aliar técnicas corpóreas (massagens, unguentos, práticas milenares de limpeza e purificação, etc.), restabelecimento emocional por terapias afins e por fim técnicas de purificação e cura mental.
Vejam como há uma relação direta com as filosofias espíritas e espiritualistas em suas diversas concepções. Sabemos que o perispírito é o “molde” do corpo material. Tudo que ocorre no perispírito por consequência passa para o corpo material e vice-versa. A atuação do Espírito (ou mente) em cima do perispírito pode moldá-lo de formas diversas, logo levando a moldar o corpo material. Então se o Espírito crê que está doente, manifestará a mesma doença no perispírito que por afinidade energética irá reproduzir no corpo material. É o que se vê na depressão com as diminuições dos neurotransmissores como a serotonina.
O Pânico e suas síndromes em si são um caso originalmente anímico, provocado pelo próprio espírito do acometido pela crise, que acaba por se cobrar de forma muito agressiva e urgente o resgate das faltas anteriores. Porém, o medo do fracasso é tão preponderante que muitas vezes ele acaba se autossabotando para não atingir o objetivo kármico. Veja, de uma forma deturpada acreditamos que se não houver exposição à chance do erro, o erro não será cometido, porém a própria inércia e falta de atitude já é um prejuízo muito maior. O Espírito que não pratica o mal e tampouco pratica o bem é pior do que quem escolheu um dos lados. Estamos no planeta em existência carnal para nos provar e superar nossas limitações, porém sempre acreditamos que é a última chance, quando o mesmo não é verídico. Se você se cobrar menos sobre essa onipotência que gostaríamos de possuir, as coisas tendem a se acalmar.
Outra questão sempre levantada é da influência dos dons mediúnicos no processo do pânico, sendo colocado como seu causador. Na verdade, a mediunidade é ferramenta para nossa evolução, não nos dando outorga benéfica ou maléfica. É neutra e depende única e exclusivamente da nossa vontade para determinar a sua polaridade. Como dom inato do ser humano – com ressalvas claro – é como dizer que um depressivo é depressivo porque pode enxergar. Não faz sentido.
Quanto à possibilidade de ser uma crise obsessiva, provocada por espíritos desencarnados ou até mesmo uma manifestação “magística” – a famosa demanda – faço alguns apontamentos. É bem possível que uma pessoa que sofra de pânico possa sofrer de uma obsessão espiritual, porém ela não é a causa da síndrome ou do medo, apenas um reflexo e desdobramento do padrão vibratória em que o acometido se encontra. Lembramos sempre que os espíritos, sejam obsessores ou não, se aproximam de nós por afinidade. Logo, se vibramos em afinidade com o pânico que outros sentem, é esse tipo de espírito que será atraído. Ainda podemos atrair espíritos zombeteiros e brincalhões que se divertem com o nosso desespero e com certeza alguns perversos e dominadores que querem explorar nossas fraquezas por maldade e também para alimentarem-se de nossas energias. Em questão de ser uma demanda, creio eu que é possível sim, porém muito mais difícil se não houver já a predisposição da vítima. Logo, a reforma íntima é importante nesse caso, assim como seguir os preceitos dados em suas casas espirituais.
A ideia de cura pode parecer muito distante a princípio, pois o acometido pela síndrome perde a esperança de uma reabilitação. Suas forças parecem comprometidas e que todas as atitudes tomadas são sem efeito. Realmente, pode até parecer assim, mas em minha abordagem holística vejo que isso é mais um problema da forma como encaramos o problema e não as soluções. Se o ser humano é um ser integral, deve ser trabalhado integralmente. Logo, só tomar remédios para controlar o desequilíbrio hormonal e regular o sono não irá resolver. A abordagem terapêutica mais adequada a meu ver seria aliar a medicina tradicional alopática, através de um psiquiatra bem qualificado e uma psicoterapia com psicólogos e psicanalistas com especialização nessa área. Além disto, aliar a procura e prática espiritual com o tratamento espiritual. Não adianta apenas ir até a casa espírita ou espiritualista receber passes e água fluidificada e não se comprazer de leitura, informação e caridade. Mudanças nos hábitos diários, procurando uma nova perspectiva também são bem recomendados. Ainda no plano holístico alguns tratamentos complementares são indicados como o a massagem terapêutica, principalmente a Abhyanga e tratamento com recursos florais (como os de Bach, da Califórnia, de Minas, etc.).
Outra técnica fantástica para a harmonização do ser de forma integral é o Reiki, principalmente o sistema Usui. Aliando todas essas abordagens terapêuticas a chance de uma recuperação de equilíbrio se faz muito maior. Então resumindo: Psiquiatra, Psicólogo, Religião, Prática Religiosa, Absorção do Evangelho (ou outro texto sagrado), Terapias complementares e foco! Esse é o caminho…
Não se permita o pensamento comum aos detratores do espiritualismo e do holismo, pois, não existem milagres. Todas as terapias são bem-vindas e podem coexistir, ainda mais trabalhando em sinergia só têm o que agregar.