Todo médium iniciante, seja de que filosofia for já se perguntou em algum momento as seguintes questões:

Quem é meu guia?
Quem é meu mentor?
Quem é meu chefe-de-cabeça?
Quem é o Orixá para qual ele trabalha?
Quem são meus pais e mães de cabeça?

Isso é muito comum mesmo no começo do processo de desenvolvimento mediúnico. Enquanto se começa a sentir a presença dos guias, suas aproximações e o começo da sintonização é bem comum a ansiedade tomar conta da gente. Porém, um alerta: isso não é bom para o próprio desenvolvimento.

Parte do desenvolvimento mediúnico (diria grande parte) se dá através da reforma do médium. Não existe porque ter mediunidade se não for para o aprimoramento do próprio instrumento mediúnico. É claro que durante o trabalho serão feitas muitas assistências. A caridade estará sendo exercida e muita gente será ajudada. Porém, o mais importante de tudo – além da fenomenologia e das manifestações – é a mudança interior do ser humano, seja ele médium ou não.

Os guias são uma estirpe de espíritos que já galgaram alguns degraus evolucionários, então podemos dizer que eles não são perfeitos, porém são mais evoluídos do que nós. Alguns estão até libertos da necessidade da reencarnação compulsória para resgates e geralmente, quando isso ocorre, vem como missionários. A palavra médium designa meio, intermediário. Mas o médium não é apenas o veículo pelo qual um guia irá se comunicar, mas sim uma ponte entre o plano espiritual, esses espíritos superiores e o mundo terreno. O qual através de seus ensinamentos, também evoluiremos, desde que aprendamos a vivenciar estas lições.

Vamos voltar um pouco e entender as perguntas que fazemos. Com certeza todos querem saber quem são nossos guias. Eu mesmo no começo do meu processo de desenvolvimento (que é contínuo e eterno) tive essas dúvidas a me perturbarem, mas os espíritos só se manifestaram quando eu decidi, aconselhado por médiuns mais experientes, a não me prender nessas questões e deixar a espiritualidade agir. Então, parece que foi como “mágica”, os espíritos se manifestaram, trabalharam, falaram, deram o nome e riscaram seus pontos. Em pouco tempo foram confirmados e estamos trabalhando juntos desde então. Mas percebam, foi só eu deixar de lado essas indagações que elas foram respondidas.

Não vou dizer que não existem dúvidas até hoje, existem sim. Às vezes bate aquela insegurança, aquela incerteza, mas as respostas para essas angústias vêm através do resultado do trabalho.

Então não se prenda, seu guia pode nem ser quem você acha que é! Seu mentor pode ser um preto-velho e não um caboclo como você gostaria, pode ser de uma vibração de um Orixá diferente dos Orixás que regem sua coroa, pode até ser um trabalhador da linha da esquerda (Raríssimo isso), não importa. O que importa é o trabalho que está sendo realizado e se ele está sendo pautado na lei de Amor e Caridade. Também importa se você está conseguindo reformar-se internamente.

Por isso o estudo é importante, por isso o estudo é essencial, mas por isso que vivenciar o que foi aprendido é determinante para que a gente realmente possa merecer a alcunha de intermediário dos espíritos.

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