A Umbanda é uma prática espiritual e mediúnica, atrelando magia aprendida com os Guias e o fundamentos da própria religião em um corpo único em cada terreiro que se fundamenta. Falando desta forma pode até mesmo parecer que é algo bagunçado, misturado e confuso.

Em alguns lugares pode até ser, mas pode ter certeza de que a casa compreende suas bases e fundamentos.

Em tempos hodiernos muito sobre práticas espirituais e terapias complementares e integrativas se unem e se confundem, afinal o guia receita chás e banhos de ervas, alguns espíritos trabalham com velas coloridas, que se confundem com cromoterapia e muito mais.

Claro, que os espíritos-guias entendem os mecanismos por trás das coisas, como o processo das cores e da psique humana, o processo da fitoenergia encontrada nas plantas e os rios de chi (energia vital) que a acupuntura se baseia.

Porém, em seu trabalho e entendimento, usam essas informações não pelo viés acadêmico, mas pelo viés prático, empirista, transmitido pela tradição oral.

Justamente por isso não será possível ver um guia atendendo com cromoterapia, atendendo com acupuntura, atendendo com chás de ervas exóticas que não da fauna brasileira (ou de contato brasileiro, que foi introduzida pelo conhecimento africano e indígena), etc.

Terreiros que trabalham com mandalas, cromoterapias, Reiki e outras práticas, estão incluindo-as por conta própria, mas os seus guias espirituais nunca se utilizarão disso nas suas consultas. Podem recomendar que você mantenha esse tipo de tratamento, em paralelo com o tratamento espiritual de Umbanda, mas nunca irá substituir o tratamento da magia de Umbanda pelo tratamento externo de cunho “holístico”.

A inclusão de outras práticas como o chá de ayahuasca, o vinho de Jurema, o Rapé e outras ervas de poder, são inclusões dadas pelos dirigentes, mas não são de UMBANDA, mas se aproximam do entendimento nativista do qual a Umbanda também se nutre.

Não há nada errado, desde que cada conhecimento fique no seu escopo, sem dizer que o uso da ayahuasca é um princípio da Umbanda. Ela foi incluída, mas não é de Umbanda. Pode ser utilizada para melhorar o contato com os guias de Umbanda, mas não é obrigatório para ter contato com os guias e até mesmo deve ser abandonada se a intenção é essa.

Quando temos respeito pelos diversos sagrados, podemos utilizá-los, coexistindo dentro de um mesmo templo, mas sabendo que não faz parte da estrutura de Umbanda, mas é uma inclusão pontual daquele terreiro, daquela prática e daquela raiz.

Só que devemos tomar muito cuidado com a inclusão de práticas desnecessárias e que irão suprimir as bases e fundamentos da Umbanda. Se alguma dessas práticas for incluída para tirar uma prática de Umbanda, como por exemplo a inclusão da Ayahuasca para o contato mediúnico, tirando o desenvolvimento mediúnico tradicional da Umbanda, algo tá errado.

Então, manter as bases, respeitar as tradições e os sagrados de cada um sem devanear é o mais importante nesse sentido.

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