Nessa edição de Perdido em Perguntas vamos responder sobre as ervas e o desenvolvimento mediúnico, questão de evolução do espírita e do umbandista, nomes das entidades e suas manifestações, sobre quem é Oxum Apará e a visão espiritualista sobre tatuagem.

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Todas as respostas aqui dadas são baseadas na minha experiência pessoal, caso algo lhe desagrade use de seu discernimento. Ninguém quer ser o dono de nenhuma verdade absoluta.

1. Quais as ervas indicadas para o desenvolvimento Mediúnico?

No caso de médiuns novos, sempre é recomendado o banho padrão da casa, que geralmente é composto de Arruda, Alecrim e Guiné. Em alguns casos adiciona-se Rosas Brancas e/ou Alfazema na mistura. A questão aqui é definir qual a finalidade do banho. No desenvolvimento podemos lidar com diversas situações diferentes. Podemos ter o médium que tem uma comunicação muito fácil com o outro lado e precisa “domar” essa faculdade, temos o médium que tem extrema dificuldade de concentração, temos o médium que quer potencializar a mediunidade e também temos aquele médium que traz toda espécie de parasita negativo nos chakras principais, usados para a comunicação espiritual.

A recomendação a princípio é sempre perguntar para o guia chefe da casa, porém deixo aqui algumas dicas:

Para abrandar a mediunidade: Banhos de Calêndula e Alfazema.

Para aprimorar a receptividade: Banhos de Folhas de Pitanga, Levante e Aniz-Estrelado. Pode-se utilizar também um banho só com folhas de Jurema.

Para concentração: Banhos de Hortelã e Camomila.

Para limpeza de parasitas astrais impregnados no aparelho mediúnico: Banhos de Eucalipto, Aroeira e Alecrim.

2. Me falaram que depois que sai do espiritismo e fui pra Umbanda, que eu regredi. Que a Umbanda é mais primitiva. O que você pensa sobre isso? – Vitória Morais

Esse preconceito é antigo, mas já perdeu totalmente espaço com tanta informação existente hoje em dia. Antigamente achavam que pelos trabalhadores da Umbanda serem espíritos de apresentação simples e utilizarem paramentos materiais, eles eram menos evoluídos. Contudo, uma detida analise da mensagem passada por esses mentores demonstra claramente seu nível evolucionário. O problema ainda está na terra, nos prosélitos das religiões. Ignore, é puro preconceito.

3. A entidade que trabalha comigo se apresentava apenas como uma Nobre Guerreira de Ogum, porém agora disse o nome Cabocla Jacira e veio na linha de Ogum. Ela também não aceita fumar. Isso pode acontecer? – Vitória Morais.

Em relação ao nome é bem provável que você ainda não tivesse a firmeza necessária para recebê-lo anteriormente. Então o espírito para não te assoberbar de curiosidade e informações, acaba por tomar um nome temporário, para depois confirmar o seu nome simbólico. Apesar que essa questão de nomes é bem relativa e só é importante mesmo para nós humanos encarnados. No texto Veracidade do Nome dos Espíritos, eu explano melhor sobre essa questão. Quanto a ela não querer fumar, isso também não é regra. Nem todos os espíritos precisam ou são iniciados nos mistérios do tabaco, alguns só o utilizam em questões e momentos bem específicos, visto que eles não são viciados no fumo, mas o utilizam como ferramenta de trabalho.

4. Gostaria de saber a sua opinião sobre tatuagem e corpo astral. – Gizele C. de Aquino

Essa questão é um tanto polêmica, mas vou trabalhar a mesma dentro do que me foi passado. Pode ser que algumas pessoas e vertentes acabem por ver de uma forma diferente. Respeito todas as opiniões.

Dentro do que me foi instruído a tatuagem teve sua origem em questões sagradas de povos primitivos, representavam geralmente alguma conquista, um ritual de passagem, um símbolo de proteção e até mesmo uma petição para acionar algum poder. Algumas tribos polinésias usavam da tatuagem para definir seu status social e militar, acreditavam que elas lhes conferiam poderes além dos humanos. Então, em comunhão com a ideia de pontos de força (centros de forças ou chakras) espalhados por todo o nosso corpo, conjuntamente com o poder do símbolo, podemos dizer que as tatuagens exercem certas mudanças energéticas sim. A questão é o que acontece com o corpo astral nesse processo. Bom, acredito que nada. O corpo astral é o molde do corpo material, logo o que há nele se processa na matéria, o inverso só ocorre quando a mente (que está sediada no espírito, que é o comandante supremo de todos os nossos corpos) acredita que ele irá influenciar. Então, você faria uma tatuagem, sua mente acreditaria que a mesma estaria também no seu corpo astral e você a “plasmaria” no corpo astral ou perispírito.

Existem certos lugares que não se é recomendado tatuar determinadas coisas, esses locais coincidem com os chakras primários e principais. Em alguns chakras secundários, como a nuca e os pulsos também não é recomendado colocar qualquer desenho. Aliás, antes de se tatuar tem que ter a extrema certeza do que se está fazendo, pois além do aspecto energético, também há o aspecto da cromoterapia, algumas cores serão “implementadas” de forma definitiva sobre alguns pontos e poderão exercer influência nos mesmos.

5.  Olá, gostei mto do seu blog! Por favor, poderia falar sobre Oxum Apara? Sua lenda, sobre a divindade e como são seus filhos? Recentemente descobri que sou filha de Oxum Apará Iansã. – Rosilene Leite

Oxum Apara é uma das manifestações – ou qualidades – de Oxum, Orixá regente dos Rios de Águas Doces e Cachoeiras. Apara seria uma versão mais guerreira da própria Oxum. Na Umbanda não trabalhamos com as qualidades dos Orixás, sendo essa uma prática dos Cultos de Nação e do Candomblé. Ela uniria aspectos tanto de Oxum quanto de Iansã, tendo domínio sobre as águas e os ventos, logo seria a Senhora das Águas Turbulentas e Tormentosas. Contudo, na Umbanda, Qualidade de Orixá não toma filiação dos médiuns. Então, sua mãe de cabeça ou é Oxum ou é Iansã, mas nunca uma Oxum Apara. Podemos encontrar a manifestação dessa Oxum, como de um Orixá Intermediário vibrando nas forças de Oxum cruzada com Iansã, mas ela não é um Orixá primordial, é apenas uma manifestadora das forças dos Orixás. Provavelmente a casa que você frequenta é cruzada com algum culto de Candomblé, explicando porque lhe disseram que você tinha essa Orixá como mãe de cabeça.

Para avaliar qual é a influência dela sobre seus filhos temos que recorrer ao aspecto das duas Orixás, logo é bem provável que os filhos dessa Orixá sejam sinceras com personalidade bem forte e pronunciada, que guardam mágoas e rancores, não se abrindo para muitos amigos. Algumas vezes podem falar coisas que machucam os outros por lhes faltar sensibilidade social. Por outras vezes acabam sendo vaidosas ao extremo e devem cuidar para não cair na armadilha do Ego. Isso é o que posso informar sobre essa qualidade de Orixá, mais que isso recomendo perguntar ao Pai ou Mãe de Santo da Casa que frequenta ou procurar livros que falam da temática sob o ponto de vista do Candomblé.

 

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