Fé.

É a palavra que mais se fala em qualquer ambiente religioso. É necessário ter fé para conseguir os ‘‘milagres’’, é necessário ter fé em um propósito, é necessário ter fé para tudo.

Eu, penso de forma um pouco diferente, acho que não devemos ter fé, devemos ser a fé.

Explico.

Uma fé cega, acreditar em algo simplesmente porque um ser desencarnado, pastor, padre ou outro ministro religioso disse, é simplesmente comodismo.

Nós já evoluímos ao patamar de raciocinar sobre o que acontece conosco, de entender a lei de causa e efeito, dos aspectos ambíguos da vida, dos erros cometidos por nós e pelo desequilíbrio de nossa psique.

A fé deve ser racional, isso Allan Kardec acertou em cheio quando disse que

“Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade.”.

A fé inabalável é aquela que mesmo com tudo acontecendo de errado na vida se mantém, não esperando um milagre divino, mas sim entendendo o propósito do Universo e tomando nas mãos as rédeas de sua vida.

Se algo está ruim na nossa vida, devemos aprender com isso, é fato. Mas não devemos nos acomodar.

A resignação que sempre acompanha a fé cega é algo ruim, pois gera comodismo, conformismo e inércia.

Devemos ter atitude, oração e ação.

Utilizar a situação contrária, que pode até parecer não ter uma solução e dela extrair o máximo, sem perder a fé racional, usando da mesma e do poder de Olorum e dos Orixás para promover mudanças em nossas vidas, que geralmente acontecem do interior para o exterior.

Não sejamos apenas marionetes de nosso próprio destino.

Se existe um “karma” então que, pelo menos, possamos argumentar com ele, ter uma revolta saudável, pois o objetivo de qualquer existência é a evolução e continuar nessa fé cega só vai nos fazer estagnar.

Para viver é necessário ter coragem, atitude, força de vontade e acima de tudo, ter um pouco de subversão correndo em nossas veias.

Adiante na batalha, com discernimento, raciocínio e fé.

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