Irmã gêmea de Apolo, era uma deusa inicialmente ligada a vida selvagem, a liberdade e a caça. Como oposto simbólico a Apolo, que exalta civilidade, ela é a deusa selvagem, deusa da lua e também é considerada, juntamente com Hermes, como a deusa da magia. Ártemis nasceu antes de Apolo, e logo ao nasceu auxiliou no parto de seu próprio irmão. É uma das deuses mais belas do panteão grego.
Conta a lenda que Ártemis se apaixonou por Órion, e decidiu desposá-lo, porém seu irmão enciumado arquitetou um esquema para que ela não conseguisse seu intento. Ele desafiou-a a acertar um ponto distante no mar, com sua flecha. Ártemis, vaidosa de seus dons, prontamente acertou o alvo, e a água do mar deu lugar ao sangue de Órion. Ela havia acertado o próprio pretendido. Órion lá estava fugindo de um escorpião enviado pelo próprio deus Apolo. Compadecido da situação da filha, Zeus concedeu tanto ao escorpião quanto a Órion a possibilidade de se transformarem em constelação.
Deusa da caça e da serena luz, Ártemis é a mais pura e casta dentre as deusas, e com isso serviu de inspiração para diversos artistas. Seu Pai, pediu a Hefesto que fizesse um arco e flechas de prata, além de uma lira do mesmo material. Novamente o antagonismo com Apolo se manifesta nesse mito, pois o irmão gêmeo recebeu os mesmos presentes porém feitos em ouro, simbologia associada ao Sol, e a prata que é associada a Lua.
Zeus também concedeu o domínio dos bosques e lhe concedeu uma corte de ningas. Para se tornar uma caçadora de Ártemis, a postulante deveria jurar fidelidade a deusa e total desapego à figuras masculinas, em troca ganhariam a imortalidade.
É representada como uma caçadora, que percorre os bosques, montes e vales, sempre deixando um rastro prateado, com seu arco na mão e um cão ao lado. Como deusa da Magia, é importante lembrar que a Lua sempre esteve associada aos rituais mágicos, e que ela tem uma importância muito grande sobre as mulheres e sobre o equilíbrio da Terra.