“… É fio, é quizila, vai tomar banho de sete ervas e fumar charuto na lua cheia, plantando bananeira, com um copo de vinho equilibrado no pé. Mas tem que ser vinho de uva colhida na noite de lua nova, nas montanhas do Cáucaso, por um bode montanhês…”
Imaginem a cena acima descrita, é verossímil? Claro que não, mas ao falar isso para um consulente aflito, ele com certeza fará tudo a seu alcance para resolver seus problemas.
Agora vêm a questão: Será mesmo que uma entidade, um espírito de alta estirpe, que já teve várias encarnações e aprendeu, e agora exerce uma função caritativa iria colocar um peso deste tamanho nas costas de um consulente, que já está cheio de problemas?
Claro que não! (Parte dois)
A Umbanda preza pela simplicidade, pela humildade e pela caridade.
Jamais um guia vai colocar um consulente em uma situação desesperadora. Se houver demanda, mesmo se o consulente perguntar, é quase certeza que o guia não irá dizer, mas irá trabalhar em cima disto, dentro da necessidade e merecimento de cada um.
Lembre-mo-nos que a maioria de nós é que somos nossos obsessores, nossos encostos, nossos inimigos.
A maior parte dos nossos problemas não são criador por magias negras, ‘inversão de anjos da guarda’, macumbas, trabalhos-feitos ou etc, e sim através da falta de aprimoramento moral, de falta de conduta reta e de falta de esclarecimento ético e intelectual.
Já é chegada a hora de deixar o misticismo exagerado de lado e prezar pelo bom-senso.
A nossa religião ainda terá seu caráter místico, porém sem afetações e muito mais eficiente.
É hora de chamar o ser humano ao trabalho.