Sejam todos bem-vindos ao Grêmio Recreativo Terreiro, um local onde você poderá se divertir e fazer o que bem entender, sem regras e sem compromissos. Aqui o que vale é a sua satisfação e se neste processo você destruir o seu mediunato ou a instituição que está servindo, não tem problemas, afinal o que importa é o teu próprio umbigo. Não é?

Não, não é! Nunca foi e nunca será!

Muitos olham as casas de Umbanda como centros recreativos, onde vão para se divertir com a teatralidade dos guias e para comer as guloseimas que alguns dos terreiros disponibilizam. Pior ainda, acham que estão em um churrasco em casa, numa confraternização ou que só porque há “tambores” é carnaval!

A falta de respeito pelo local sagrado é tamanha que usam-se roupas decotadas, saias mínimas, calças baixas (homens também) e além disso falam alto, deixam o celular ligado e começam a se importar com o tempo de liturgia, de exposição da abertura e principalmente do “Por que está demorando para me atenderem?”.

Não há a mínima empatia em entender que assim como essa pessoa outros estão em situação de tristeza, necessidade e preocupação, precisando tanto ou mais até de assistência caritativa da espiritualidade do que ele que foi lá para “trocar uma ideia com a entidade”.

Essa falta de respeito já é um absurdo vindo da assistência, porém podemos compreender que eles não tem a noção do processo sagrado que se desdobra em uma casa espírita ou num terreiro de Umbanda. O problema maior é quando tudo isso ocorre dentro da corrente mediúnica, ou seja, dos próprios trabalhadores da casa.

Ficam de conversa de lado, cochichando e debochado dos demais. Sejam dos dirigentes, sejam dos irmãos de corrente. Desdenham de todo processo sagrado do espaço em que estão. Isso já é errado por si só!

A casa está errada? Pode estar! Mas o mais errado é você!

Está na hora de assumirmos que a situação de uma casa é um reflexo da conduta dos dirigentes, mas não só isso. Se o dirigente não compreende suas demandas, será que você está se expressando corretamente?

Será que simplesmente omitir-se não é errado? E a coragem para expor as coisas com educação e coerência? O problema é que se calam, mas se calam porque na maioria das vezes a necessidade que tanto pleiteiam é muito fútil, não tem  bases e a vergonha em se expor é maior.

De todas as formas possíveis criam-se as mais mirabolantes desculpas para não ir ao trabalho de atendimento, as giras fechadas e as sessões de desenvolvimento. Limpar o terreiro? Nem pensar…

Em minha opinião, dirigente omisso gera filho folgado! Dirigente que não sabe escutar, gera barulho ensurdecedor, mesmo que em silêncio, chega a ser perturbador. São as mentes pensando em coisas negativas e contrapondo-se energeticamente as demandas do terreiro. Abrindo brechas para ataques espirituais e também para as próprias paixões inferiores.

Há de se refletir sobre isso… Não tratemos o terreiro como um grêmio recreativo, pois o mesmo não o é!

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