O Terreiro é um espaço para a prática da caridade, seja ela por meio dos espíritos, seja ela por meio dos médiuns. Mas acima de tudo é uma escola, um local de aprendizado, de direcionamento e de reflexão.
Em nossas maiores angústias procuramos o terreiro para nos ajudar a suportar as dificuldades, para que sejamos resilientes e que o vilipendio do mundo não recaia sobre nossos ombros de forma opressiva.
Os trabalhadores de terreiro também são pessoas imperfeitas buscando seu grau de evolução e aprendizado, todos os dias, por erros e acertos. Ninguém é capaz de acertar tudo e muitas vezes – até mesmo – por querer acertar acaba-se errando muito.
Um terreiro se faz de pessoas, mas também se faz de fé, caridade, amor e muita dedicação. Mesmo que não seja uma grande corrente ou que todos os médiuns faltem na gira de atendimento e só tenha o dirigente para direcionar os trabalhos, os mesmos ainda devem ser executados.
Existe toda uma platéia invisível assistindo os trabalhos e necessitados da ritualística e da comoção promovida pela fé.
Antes de furtar-se a desistir, antes de tentar tungar a sua responsabilidade de se autoaprimorar, antes – sequer – de esmiuçar uma desculpa em sua mente para fugir ao trabalho, lembre-se:
“O maior beneficiado é sempre você!”
Mesmo que haja apenas uma pessoa na corrente, se faz gira. Se não tiver nenhum consulente, se faz gira. Se não tiver atabaque, se faz gira. Se não tiver luz, se faz gira. A única coisa que impede uma gira de ocorrer é “FALTA DE VONTADE”.