Vejo hoje uma grande quantidade de anúncios em postes, paredes e na internet também de supostos pais-de-santo ou milagreiros com contato com os Espíritos que cobram pelos trabalhos que realizam.

Minha opinião sobre isso é a mesma da que consta no evangelho: Daí de graça o que de graça recebeste.

Muitos se arvoram da desculpa de que estão doando seu tempo precioso para prática da caridade e que então podem cobrar pelo mesmo. Bom, temos que ver uma situação aí:

– Ser médium não é ser especial ou melhor que ninguém. Se você é médium nessa encarnação é porque tem uma programação de vida com esse objetivo a ser concluído, quiça mesmo sobreviver a ambição e tentação de cobrar pelos dons que Deus lhe incutiu?

 – Outra questão é, que segundo muitos mentores espirituais, aqueles que hoje são médiuns é porque tem muitas pontas soltas no passado e pediram essa condição espiritual para poder acelerar seu processo de resgate.

– E finalmente, quem faz a caridade não é você médium e sim o espírito comunicante. Você é apenas um instrumento, a ferramenta que é utilizada por inteligências superiores para fazer o bem. Se você caiu em vaidade e paixões menores, com certeza será utilizado ainda, porém por espíritos de baixa escala evolutiva.

Muitos por aí aproveitam da situação de fragilidade ou ignorância do novo adepto e o colocam em situação de extorsão espiritual. Dizem que para que se conquiste objetivo A é necessário fazer um trabalho para tais e tais forças e assim cobram valores que muitas vezes fazem a diferença no final.

A Espiritualidade não precisa do seu dinheiro, muito menos de objetos de valor, espumantes caros, anéis de ouro, brincos, pulseiras, relógios, etc.

Diz Baiano Severino que o que você faz com um caminhão de rosas também pode ser feito uma pétala da mesma.

Então, entende o contrassenso em cobrar por um trabalho espiritual? Quem o faz está agindo de má-fé. Muitos são sustentados pela fé alheia.

A Espiritualidade irá lhe ajudar mesmo que você não tenha posses ou recursos para comprar todos os elementos que às vezes são necessários em uma oferenda ou magia, mas também use seu discernimento para saber quando não estão exagerando no que lhe pedem.

O dinheiro não é errado, é uma energia como outra qualquer e necessária para nossa vida na Terra, o que não se pode permitir é explorar a fragilidade de uma pessoa para que ela se torne fomentador da vida desregrada de um ‘pai-de-santo-de-poste’.

Se em seu íntimo diz que você deve comprar uma vela, flores, um presente para uma entidade que lhe ajudou, faça-o. Mas você verá que prontamente ele irá encaminhar esse presente para alguém que realmente necessite.

As casas espirituais têm custos, que geralmente são rateadas entre os médiuns da mesma, de forma que não sobrecarregue ninguém. Mas o dirigente também não pode ser sustentado por isso. Então cuidado. Existem formas de angariar fundos para manter a casa através de cursos, eventos, festas, arrecadações beneficentes, etc. Mas nunca pode-se obrigar a alguém dar aquilo que talvez ele nem tenha utilizando-se da chantagem: Se você não der, você não terá!

Tenhamos mais cuidado e façamos com que a espiritualidade não seja um mercado desvirtuado e exploratório.

Axé!

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