Eu vejo sempre a espiritualidade aliada com o progresso científico. Leiam abaixo, essa declaração de um célebre cientista:

“Eu estava sentado à mesa a escrever o meu compêndio, mas o trabalho não rendia; os meus pensamentos estavam noutro sítio. Virei a cadeira para a lareira e comecei a dormitar. Outra vez começaram os átomos às cambalhotas em frente dos meus olhos. Desta vez os grupos mais pequenos mantinham-se modestamente à distância. A minha visão mental, aguçada por repetidas visões desta espécie, podia distinguir agora estruturas maiores com variadas conformações; longas filas, por vezes alinhadas e muito juntas; todas torcendo-se e voltando-se em movimentos serpenteantes. Mas olha! O que é aquilo? Uma das serpentes tinha filado a própria cauda e a forma que fazia rodopiava trocistamente diante dos meus olhos. Como se se tivesse produzido um relâmpago, acordei;… passei o resto da noite a verificar as consequências da hipótese. Aprendamos a sonhar, senhores, pois então talvez nos apercebamos da verdade.”

A declaração acima é do Químico Alemão Friedrich August Kekulé Von Stradonitz (1829-1896), que “descobriu” a ordenação dos átomos de carbono em forma de anel e a sua tetravalência estrutural, o que nós comumente chamamos de anel de benzeno. Esse anel é uma das bases da química orgânica e era um enigma para muitos, por ir na contramão as bases gerais da química postulada até então.

Vejam que apesar de ser um cientista ele teve uma epifania ou um insight por meio de um sonho. Vários outros cientistas renomados tiveram insights semelhantes ou tinham uma intuição muito mais apurada e puderam trazer ao plano material ideias muito distantes da comprovação metodológica e científica em suas respectivas épocas; e não estamos falando de cientistas desconhecidos, mas nomes renomados como: Sir Isaac Newton, pai da física clássica, da ótica e um grande estudioso das escrituras sagradas; Niels Bohr, um dos pioneiros no estudo da física quantica e grande responsável pelo entendimento moderno da estrutura molecular e também o mais “pop” dentre eles Albert Einstein, que recebeu um Nobel pelos seus estudos e a descoberta do Efeito Fotoelétrico, mas que ficou mais conhecido pela sua Teoria da Relatividade (Todos lembram de alguma forma da fórmular E=mc²).

Quando não separamos em caixas as diversas capacidades humanas, integralizando o ser, como ele sempre deveria ser, podemos ter um maior aproveitamento das nossas capacidades inatas. Do ponto de vista espírita (e também terapêutico) quando o corpo se encontra em repouso (dormindo) a alma se emancipa e vaga. Assim, permitiria a nosso Espírito ter a sua disposição uma maior sensibilidade e ter controle maior de seus “poderes” ou “faculdades”, inatos do espíritos, mas que ficam adormecidos pela matéria.

O mais interessante nessa história de Kekulé é que ele teve a epifania através de um simbolo clássico do ocultismo e esoterismo ocidental: O Ouroboros, a cobra que morde o próprio rabo. Isso nos leva a questionar se essa inspiração de Kekulé não fora uma ideia vinda do astral, do plano espiritual ou até mesmo uma inspiração divina. Pois só a existência dessa estrutura e dessa molécula coloca em cheque toda uma ideia clássica da química, dando vazão a criação de uma nova frente de estudos da química, agora denominada Química Orgânica.

Também podemos ressaltar que a química orgânica também bate de frente com certas regras e leis da química inorgânica, ficando algumas coisas até mal respondidas ou não respondidas. Segundo a segunda lei da termodinâmica: “A quantidade de entropia de qualquer sistema isolado termodinamicamente tende a incrementar-se com o tempo, até alcançar um valor máximo”.

A grosso modo a entropia, expressa nessa segunda lei, pode ser descrita como: “Entropia é uma grandeza termodinâmica relacionada com o grau de desordem dos sistemas. Quanto maior a entropia, maior a desordem do sistema”.

Porém isso não se aplica a sistemas orgânicos que mantêm a sua coesão enquanto há o que chamamos de VIDA, que não sabemos bem explicar ainda em termos científicos. Parece que algumas “estrutura energética ou consciente” mantem tudo interligado e impedindo essa desordem do sistema. Na visão da Medicina Chinesa encontramos essa energia ou consciência sendo chamada de SHEN(神). Shen é a capacidade do corpo se autorregular e manter os níveis de Yin e Yang sempre em oposição e complementariedade.

Vejam só, eu em um texto uni elementos de Química (Inorgânica e Orgânica), Medicina Chinesa, Inspiração Espiritual e muito mais. Exatamente assim, que penso, que deveríamos agir em nossa vida, ao invés de querer (ferrenhamente) compartimentar TUDO. Só incluindo e integrando (com bom senso e responsabilidade) é que podemos compreender um pouco o mundo que nos cerca e seus mistérios.

Gastamos muito tempo tentando refutar certas condições espirituais, esse mesmo tempo que poderia ser empregado em ajudar ou descobrir novas coisas sobre o Universo. Energia desperdiçada para provar quem é mais poderoso, sendo que ninguém o é. Cada um é uma parte de um grande TODO.

Mesmo que muitas coisas espirituais não tenham ainda explicações científicas, devemos reavaliar a ciência também e levar em consideração várias constantes e outras “gambiarras” incluídas nas teorias e equações para que elas deem certo, que partem de um palpite.

Pois então vamos reparar mais nas inspirações que a espiritualidade nos dá, pois às vezes estamos esperando que “o astral” faça tudo por nós e execute todo o nosso trabalho e acabamos por ignorar suas dicas e as indicações do caminho. A vida é sua, com certeza, por isso mesmo não espere milagres, mas palpites simples que irão te direcionar para o caminho correto seja ele qual for. Quem de nós está na posição de OUVIR? Parece que sempre preferimos FALAR e FALAR e FALAR! Pois bem, vamos nos calar e meditar, para poder ouvir a voz do Universo ou como prefiro chamá-Lo: DEUS.

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