Geralmente os sistemas ou elementos oraculares são utilizado em diversos países sem muito conhecimento e profundidade dos mesmos. O manuseio de oráculos como búzios, runas, cartas (tarô e baralho cigano), pedras, ossos ou mesmo números e símbolos, precisa ser realizado de forma criteriosa e responsável. Isso significa que a consulta aos oráculos deve ser feita em momentos importantes, significativos e não cotidianamente para saber com que roupa devo sair ou se vai chover no dia seguinte.

Na antiguidade a consulta aos oráculos era feita para saber sobre o futuro de suas vidas, tomar grandes decisões frente a alianças entre impérios ou mesmo para consultar sobre estratégias de batalha em grandes guerras. O Oráculo de Delfos foi um dos mais importantes na antiguidade Grega, dedicada ao Deus Apolo, é também o mais conhecido pela célebre frase “Conhece-te a ti mesmo” popularizada pelo filósofo Sócrates. Sendo assim, podemos considerar que a consulta ao sistema oracular pode ser uma importante ferramenta para o autoconhecimento.

No entanto, nos dias atuais, infelizmente, vemos frequentemente pessoas que se apresentam como profissionais da área e tratam esses elementos de forma técnica ou simplória, sem considerar a perspectiva espiritual, que é primordial e antecede o aspecto material do elemento. O que estou dizendo, a partir de uma perspectiva própria e espiritual, é que todos os oráculos foram criados ou manipulados pela espiritualidade para que nós, humanos, possamos acessar o inconsciente divino que há em nós e, portanto, resolver as situações que criamos na terra. Portanto, se você for procurar um profissional ou se deseja iniciar seus estudos neste caminho, tenha primeiramente profundo respeito pelos oráculos, pois não há como obter respostas assertivas quando não se dá credibilidade a eles.

Algumas pessoas utilizam a consulta aos oráculos de maneira que ele traga respostas para todos os seus problemas, e o fazem cotidianamente. Ledo engano, oráculos não tem a função de encontrar ou solucionar os problemas, o que ele pode é propor soluções, auxiliar no encontro de respostas que estão dentro de nós mesmos e temos dificuldades de constatar. Por isso que muitas vezes as respostas são subjetivas e não tanto diretas.

“Nossas vidas não são o produto das circunstâncias, mas sim de nossas decisões; somos plenamente responsáveis pela vida que temos.” (Veet Pramad)

É possível observar também que certas pessoas consultam os oráculos antes de tomar decisões importantes sobre suas vidas e, quando não dá certo, ao invés de assumir suas escolhas, colocam a culpa no intérprete (cartomante, pai de santo, astrólogo, tarólogo etc). Os oráculos respondem exatamente na mesmo grau e intensidade da confiança que são depositadas neles, principalmente para aqueles que acreditam que há uma regência e influência espiritual neste método. Atribuir aos oráculos uma responsabilidade que é nossa, ou seja, sair de emboscadas que nos colocamos, pode ser uma solução fácil e rápida quando não queremos assumir as responsabilidades por atitudes tomadas. É mais fácil culpar os búzios, por exemplo, por uma escolha que errada, do que assumir que tomou determinada decisão por pura emoção, sem refletir as consequências.

“Tomamos nossas decisões a partir de nossas crenças e padrões de comportamento, construímos nossa vida a partir de nossas crenças.” (Veet Pramad)

Banhos, ervas, pedras, guias e velas são ferramentas de auxílio e não devem ser usadas como muletas. Os oráculos são também auxiliares para que possamos mudar nossos padrões mentais e assim ir em busca de nossas próprias conquistas. O autoconhecimento é uma jornada diária e constante, um conhecer a si mesmo, um dominar seu ego, vaidade, fraqueza e conhecer seus pontos fortes. Quem define o que você será na vida não são os oráculos, mas sim seus pensamentos e ações realizadas no momento presente. Devemos ser responsáveis por nossas atitudes, a maneira como realizamos nossas ações e ser menos resistente as mudanças, tem consciência que se desejo mudar algo, fisicamente, devo iniciar a mudança a partir da minha mente. Neste sentido, os oráculos podem contribuir significativamente neste caminho em busca do si e de suas realizações.

Apesar de termos uma aproximação do tarô com a astrologia, cabala e numerologia, por exemplo, e considerarmos que todos são oráculos, há de se considerar que cada um deles tem uma atuação diferente. Para saber quando usar ou consultar cada um a fim de encontrar as respostas necessárias para si e para o próximo é preciso conhecer a missão e função de cada um. Se você deseja conhecer mais, acompanhe os próximos posts aqui e vamos iniciar essa jornada pelos oráculos.

“Cada um de nós leva dentro de si os potenciais necessários para realizar-se em todos os aspectos e ser feliz. A felicidade e a fortuna são questões de escolha e não de sorte.” (Osho)

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