Existe uma dicotomia sobre a mediunidade e sua manifestação de forma segura no inicio do desenvolvimento e, porque não, durante as primeiras manifestações? Isso é aceitável e comum, pois está se vivenciando algo bem diferente do ordinário da vida material.

Mas algumas vezes a insegurança acaba perseguindo os médiuns durante todo o processo de desenvolvimento. Segundo o Vovô Francisco do Congo, é algo até saudável, pois mantém nossos pés no chão e não vamos querer criar algo que não existe, como muitas manifestações teatrais que vemos por aí. Contudo quando a insegurança é em excesso, acaba prejudicando o processo mediúnico.

O ideal é que consigamos, assim como tudo, encontrar o equilíbrio!

Para isso precisamos ter a consciência  de que estamos trabalhando em comunhão com uma entidade espiritual e não apenas permitindo que ela trabalhe sozinha, mas também que apesar dela estar em parceria conosco, é ela quem deverá tomar a liderança. Em outras palavras: Devemos deixar a entidade trabalhar!

O caso mais emblemático que vemos são os de animismo e mistificação, que podem ser graves para o médium, para o consulente e também para a casa espiritual.

Não há uma dica fácil para seguir nesses casos, o mais indicado é sempre manter o trabalho caritativo, sem interesses pecuniários, sem ostentações e sempre combatendo nossas paixões inferiores. Temos que ter a ciência de que estamos trabalhando com um espírito para o bem de todos e não para que sejamos exaltados como  Santos ou Heróis.

A mediunidade é um bem precioso e quando bem trabalhada irá proporcionar a você muita felicidade intrinsecamente, sem necessariamente alguém ter que exaltar suas façanhas. Até porque não são suas. Caso você se encontre com muita insegurança, converse com seu dirigente e tente fazer exercícios de centramento e alinhamento de chakras.

Também pode ocorrer o processo inverso, o excesso de confiança. Nesse caso é onde veremos os “supermédiuns” com suas façanhas intermináveis. Porém aqui notamos o claro desvio da finalidade mediúnica, onde possivelmente os mentores – de fato – não conseguem mais se manifestar. Vamos encontrar médiuns que falam sobre a vida conjugal alheia, tentam adivinhar o futuro, sugestionam que possíveis traições estão ocorrendo e até mesmo quanto tempo de vida ainda resta a alguém. Devemos tomar cuidados nesse caso também.

A vida do médium é cercada de reflexões, devemos estar sempre em profunda meditação sobre nossos atos e nossos aprendizados. A nossa mediunidade, segundo diz o Caboclo Rompe-Mato, é muito mais para nos ajudar (no caso evoluir moralmente) do que ajudar aos terceiros, pois quem ajuda os terceiros são os mentores.

Vamos usar esse dom para algo que realmente valha a pena!

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