A maioria das pessoas que procuram a Umbanda sentem problemas em três grandes grupos: Aspirações, Relacionamentos e Saúde.

Podemos ainda subdividir esses agrupamentos, onde dentro das Aspirações, teríamos Escola, Carreira e Emprego; dentro de Relacionamentos, teríamos Família e Amor e ainda dentro de Saúde as diversas moléstias que os seres humanos estão acometidos, sejam terminais ou doenças mais simples.

De todas essas, de longe, a que mais impacta a vida das pessoas é a questão amorosa. Não que todas as outras não tenham funções, mas é que o Amor é o caso que mais gera conflito e também gera mais  a procura de “falsos” pais e mães de santo. Parte disso se dá pela ignorância sobre as questões do amor do ponto de vista espiritual.

Muitos procuram os trabalhos de amarração de uma forma irresponsável, sem saber do que se trata realmente. Acreditam que estão experimentando algo transcendente, com aquele famoso frio-na-barriga, de quando se está apaixonado. Contudo, incorremos aqui na questão do livre-arbítrio, coagindo ou forçando outro ser humano a se apaixonar. Quanto a amarrações leia nosso texto sobre Amarração Amorosa.

O que quero falar de verdade nesse texto é a questão do AMOR que estava escrito nas estrelas. Aquele que dizem que já estava reservado a você! Isso tudo não passa de bobagem.

Sei que pode causar um choque na mente das pessoas, pois em uma sociedade que prega o romantismo (na verdade o sensualismo) é difícil conceber que não existam amores a primeira vista e coisas do tipo. Até existem sim, mas não são ordinários, ou seja, não encontraremos a maioria da população sendo compelida a estar com outra pessoa por uma força maior do que a própria Vontade e Afinidade.

Nós temos sim programações de vida, com grandes objetivos traçados. Porém nem sempre o AMOR faz parte disto. Veja só, há na sua programação que você deverá casar, ter um filho, etc; mas em nenhum momento está definido com QUEM!

Você leitor, pode estar se perguntando agora: “Mas e as questões de Karma? E se aquele espírito tem que ser minha esposa/marido e aquele outro filho de nós dois?”.

Respondo a isso da seguinte forma: Nós tivemos diversas experiências corpóreas anteriores a essa encarnação. Angariamos uma infinidade de amizades e inimizades, por consequência geramos Karma com essas pessoas. Dentre estas, várias se capacitariam para serem as esposas e maridos “expiatórios” de nossas faltas ou de certa forma kármicos. Então, por que eu tenho que ter apenas uma pessoa definida em uma existência? Não temos, temos várias possibilidades, tudo vai depender das escolhas.

Se o José escolhe o Caminho A, encontrará a Helena. Se escolher o Caminho B, encontrará a Letícia. Se escolher o Caminho C encontrará o Marcelo; etc…

Entendem o que quero dizer? Dependendo de como guiamos nossas decisões, temos o encontro. Isso também vale para o outro lado, logo tem que haver uma confluência de encontros para que tudo dê certo, karmicamente. Porém, ainda assim, devido ao livre-arbítrio, teremos a possibilidade de não ser nenhuma das pessoas planejadas, mas sim uma nova pessoa; ou até pode ser que seja uma pessoa temporária. Para os filhos, funciona da mesma forma. Vê-se qual espírito tem mais coisas a resolverem com aqueles dois pais e esse tem a possibilidade de vir a terra como filho deles, desde que TODOS os envolvidos aceitem. Por isso que o aborto é tão condenável.

Pode ser que José e Helena sejam amantes durante várias encarnações? Pode! Mas isso é devido à afinidade que ambos possuem e não porque estava determinado. Ela para ele é uma das muitas opções, assim como ele para ela também é.

Amores avassaladores geralmente são paixões! Que tem prazo determinado para esfriar. Isso não implica em dizer que o relacionamento se findará, mas que irá passar por uma transformação que exigirá tanto maturidade emocional, quanto espiritual para o casal.

Nada está determinado nessa vida de forma tão firme que o livre-arbítrio não possa alterar. Claro, que para tudo há a lei de Causa e Efeito e que colheremos o que plantamos. Mas, fazendo as coisas de forma consciente, sabendo dos desdobramentos, já nos dá a possibilidade de nos prepararmos para superar isso e até mesmo resignificar.

O que não se pode é acreditar que a vivência na terra é única e a que importa de fato, em detrimento de todo um passado e um futuro espiritual. O ser humano é o TODO, que compreende seu passado e também o que virá a ser.

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