Há quem questione que a obsessão espiritual é um procedimento que ocorre simplesmente por parte de um espírito desencarnado muitas vezes denominado de Encosto. Para mim o encosto é assim chamado de forma indevida, pois a palavra “encostar” nos traz em mente um ser inerte, sem qualquer vontade de mover-se ou de tomar atitudes e que fica apenas ali esperando as coisas acontecerem. Porém, o obsessor é o mais ativo nessa relação de interdependência, pois é ele quem sugere pensamentos, quem cria artimanhas e que está sempre “tentando” a vítima da obsessão. Logo, podemos definir que ele não é encostado, porém a suposta vítima é! Pois ela em nada faz para coibir as paixões inferiores que permitiram abrir portas para o trabalho de obsessão se instalar. Essa é uma característica projetiva em que dizer que o outro é o errado é uma forma de enxergar o erro que há em mim.

Com isso avançando no pensamento posso trazer à tona a proposta desse artigo, que é a de enxergar o mundo adormecido em que vivemos. Muitas pessoas reclamam de ansiedade, pânico e depressão em nossos tempos atuais, porém o que vemos é que poucas se movimentam realmente em busca de uma solução definitiva para a cura. Cura em um sentido amplo e não apenas psico-bioquímico.  Estão sendo encostos de si mesmo!

Quando diagnosticados com algum distúrbio emocional, a primeira coisa que fazemos é refutar a situação. Claro que isso, por meio da visão holística, se demonstra como um dos sintomas da própria depressão, ansiedade e etc. Porém, poucos conseguem realmente obter ajuda para romper com essa inércia mental e se dedicar a procura de uma cura. O que a maioria faz é no máximo visitar um psiquiatra para que esse possa lhe receitar um remédio que irá atenuar os problemas e sintomas. Contudo a causa principal está sendo mascarada e não irá ser trabalhada, gerando assim um dependente químico de drogas lícitas que irá se adormecer mais dentro de si.

O mundo em que vivemos hoje é repleto de seres adormecidos, poucos são aqueles que despertaram de fato. Isso em muito é devido a situação que o despertar DOI! E o ser humano passa a vida inteira fugindo da DOR e de sua própria doença. A doença é um mecanismo, dos mais agressivos, para nos dizer que há algo errado com o todo (holos) que provavelmente começou no campo energético, passou para o mental/emocional e agora encontra-se com evidências físicas. Isso vale para todas as doenças, mas principalmente para as doenças emocionais que são devastadoras como o câncer.

Ao tomar o medicamento o ser humano se entorpece e acaba trocando um obsessor por outro, criando assim um obsessor químico. Quem já tomou antidepressivos, calmantes e sedativos sabe da capacidade de “dependência” que essas drogas criam. Quando tenta-se ficar sem a mesma, é como se o remédio (ou o espírito do remédio em uma fala mais espiritualista) o obriga-se a voltar a toma-lo, levando você a sentir a abstinência (assim como quando se usa drogas) criando dores, enjoos, mal-estar e até mesmo psicose. Exatamente o que um espírito desencarnado negativo faria!

Podemos até elucubrar que os medicamentos antidepressivos e a onda depressiva é um conjunto de fatores que podem ser perpetrados pelas  hordas negativas do astral como uma guerra psíquica e emocional. Atordoando o ser humano, o mesmo passa a não “precisar” se aprimorar… Quem não sente dor, acha que não está doente e aí que mora  o grande perigo!

Essa é uma reflexão em que quero chegar a causar uma confusão na mente, pois também sabemos que a doença em si nos leva a ficar debilitados e praticamente inaptos a tudo, quase inválidos. Porém, como essa doença se instalou é um motivo de questionamento pessoal. Qual seria o propósito desta doença? Como posso aprender com ela? Tenho que me ater a medicamentos apenas ou posso procurar, concomitantemente, alternativas? Não seria bom uma psicoterapia, aliada com tratamentos terapêuticos naturais e espirituais? A maioria fica presa no obsessor, outros ficam presos na dor, mas poucos se manifestam no sentido de romper com isso e vivenciar a dor, aprender com ela e dizer: “Obrigado, já aprendi. Agora se vá!”.

Sejam drogas lícitas ou ilícitas, podemos dizer que ambas se tornam obsessoras químicas. O que podemos aqui questionar são três aspectos:

  • O Remédio causa obsessão?
  • O Remédio é o obsessor?
  • O Remédio traz uma energia obsessiva?

O remédio em si não causa a obsessão, mas o seu uso prolongado só para tratar os sintomas e não necessariamente a causa do problema, acaba mudando seu status para um obsessor químico, transformando-o assim em uma entidade perversa que abre portas para que entidades desencarnadas possam se utilizar das nossas energias – que geralmente nesses casos já estão debilitadas – para seu bel prazer. Sem um tratamento adequado – além do químico – ainda incorremos no problema de abrir mais ainda as portas para instalação de novas patologias, de novos desequilíbrios e de piores condições de sanidade mental e energética, quiçá física, com os efeitos adversos.

Da mesma forma que um espírito obsessor procura dependentes de drogas ilícitas para “beber, fumar e usar” dele, também o fará com drogas lícitas. Devemos nos lembrar de que o uso de antidepressivos, calmantes e até mesmo de certos analgésicos já corresponde a grandes problemas no departamento médico de países desenvolvidos.

O tratamento deve ser amplo, deve abranger todos os pilares humanos, sejam eles o biológico, o psicológico, o energético e o espiritual. Em palavras claras, devemos usar tanto o auxílio dos remédios, quanto do psicoterapeuta, quanto do naturopata, do acupunturista e também do guia-espiritual e da religião para nos tornarmos íntegros.

Entenda a dor como mais uma ferramenta de cura, não a cale além do necessário. Devemos ouvi-la para compreender melhor nosso próprio inconsciente, o que estamos tentando dizer para nós mesmos.  Lembre-se que o remédio apenas irá abafar essa voz, mas ela continuará lá! Uma hora se tornará insuportável contê-la e então podemos ter um grave rompimento. Lembrando aquele adágio que diz:

“Quem se preocupa muito com o destino, perde os prazeres da jornada.”

Leia mais sobre o ser integral no blog do Núcleo Sapienza.


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