O conceito de divindade é um ser sobrenatural, usualmente com poderes significantes, cultuados ou tidos como divino ou sagrado, sendo eles superiores a humanidade e também as leis físicas do universo.

Os antigos povos acabavam por relacionar as divindades com os elementos ou fenômenos naturais, aos vícios e virtudes humanos ou ainda a atividades profissionais ou de ação comum em meio a sociedade humana. 

Presume-se que as divindades tenham consciências próprias e inteligências autônomas, além de desejos, emoções e vontades em um sentido bem humano.

O culto a deuses e divindades não é algo relacionado a apenas um grupo de seres ou de povos que se inter-relacionavam. Todas as culturas humanas tinham em algum nível o culto a divindades, sendo elas elementos naturais, espíritos familiares, espíritos da natureza, totens animais, personificação das qualidades e fragilidades humanas e/ou até mesmo deuses únicos.

A atual contextualização da cultura Judaica-Cristã nos faz crer em um Deus Uno, criador de tudo e de todos. Essa mesma crença já esteve presente no Egito e em outros locais espalhados pelo planeta. Algumas tribos africanas acreditavam no Deus Supremo, Olorum ou Zâmbi, enquanto os Egípcios acreditavam em Aton o Deus único.

Em outras culturas eram tidos panteões de deuses como os gregos, romanos, persas, babilônicos, nórdicos, celtas e etc.

O que faz-se ressaltar é que em algumas culturas tribais também havia a conceitualização do Deus Supremo, criador de tudo e seus filhos, ou seja, um DEUS maior e os seus subordinados, divindades de extremo poder, porém que respondiam a esse Deus maior. Isso vê-se na cultura Iorubá e Nagô com o culto dos Orixás.

Outro fato interessante a se destacar é a proximidade da personalidade de alguns Deuses, independente da cultura em que estão, Deuses que são considerados superiores como Odin, Zeus, Júpiter, Osíris, tem muito em comum entre si. Isso faz-se abrir uma indagação sobre como povos tão diferentes conseguiam ter interpretações tão próximas desses ditos poderes.

É implausível que não pensemos nisso, pois os povos nórdicos estavam separados por milhares de quilômetros dos africanos e mesmo assim alguns de seus deuses eram parecidos, nos poderes, características e personalidade, exemplo clássico de Thor e Xangô, deuses guerreiros, mas justos. Personificados em poderosas entidades que manipulam, raios e trovões. Ambos são justiceiros e viris, atrevidos e não gostam de ladrões e malfeitores. Sendo equiparados a uma posição de Juiz do mundo superior.

É preciso avaliar, que o culto a Orixás ou divindades é apenas mais uma manifestação da psique humana tentando interpretar as energias que existem desde o início da criação, que utilizando-se de arquétipos podem ser melhor explorados para entendimento simbólico das energias que emanam ao nosso redor.

É totalmente aceitável o pensamento de que todas as manifestações de divindades em todas as culturas tenham a mesma raiz de crendice, a explicação através da comparação e da personificação dos poderes de Deus em entidades compreensíveis para nossa mente um tanto limitada nos aspectos metafísicos.

A sabedoria se abre quando a simbologia é entendida. Não podemos simplesmente acreditar em tudo ou aceitar tudo, mas nem tanto refutar a tudo pela lógica inflamada da prova cientifica total. Precisamos utilizar o discernimento em busca de um equilíbrio, afim de entender coisas que a filosofia humana ainda está a anos luz de compreender definitivamente.

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